Desenvolvimento Psicomotor 5-8 anos

Olá de novo! Então, já tinham saudades nossas??

Estamos de volta e trazemos o último post da sequência do Desenvolvimento Psicomotor! No entanto se quiserem mais artigos sobre este tema é só deixar a sugestão no nosso email (psicomotricitando@outlook.pt) e metemos mãos ao trabalho!



Depois dos 5 anos, a criança já começa a ser preparada para a entrada no 1º ciclo. É essencial acompanhar, desde o começo, o desempenho escolar dela. A partir dessa fase, problemas auditivos ou de visão, podem ser diagnosticados mais facilmente.

Desenvolvimento Motor

Existem várias fases do desenvolvimento motor, para estas idades (5-8 anos) temos:

Fase dos movimentos fundamentais:

  • Elementar dos 4 aos 5 anos de idade, a criança já tem um melhor controle e coordenação corporal, no entanto, apesar de melhor coordenados ainda tem movimentos restringidos ou exagerados.
  • Maduro dos 6 aos 7 anos, onde é possível observar movimentos coordenados e controlados com poucas limitações.

4-5 anos: Exercícios que estimulem a criança a correr, pular, agachar ou dançar são ideais nesse momento, alguns exemplos de atividades são: chutar e agarrar bola, dinâmicas como “Macaquinho chinês”, “apanhadinha”, “esconde- esconde”.

6 a 7 anos: acrescentar aos estímulos ditos acima (correr, pular, etc.) desafios: corrida de sacos, carrinho de mão, passa anel, corrida das cores (dizer o nome da cor e a criança deve correr para tocar algo daquela cor).

Fase dos movimentos especializados:

  • No período dos 7 aos 14 anos de idade e são divididos em três fases. A primeira fase denominada Estágio Transitório e que ocorre dos 7 aos 8 anos, a criança começa a desempenhar atividades relacionadas com desporto (correr e saltar, correr e lançar a bola, etc.).

Dos 6 aos 8 anos, as crianças são extremamente enérgicas e a coordenação motora estabiliza-se. Com tanta atividade ficam mais propensas a sofrer pequenas quedas e encontrõe, transpiram bastante. Nesta etapa do desenvolvimento infantil, é essencial que os pais aproveitem as férias para promover brincadeiras ao ar livre. Como levar o seu filho ao parque infantil ou a passear no jardim ou na praia, onde possa correr e saltar à vontade.

Os tempos livres são importantes para que as crianças se mantenham ativas. A inscrição em atividades extracurriculares possibilita o desenvolvimento de novos interesses, nomeadamente desportivos. Além disso, fomenta as interações com outras crianças em ambientes de aprendizagem diferentes dos habituais. Como é óbvio tudo deve ser feito com moderação para que a criança também não fique sobrecarregada.

É importante os pais definirem rotinas para os filhos se alimentarem, estudarem e dormirem, uma vez que o descanso é fundamental para um crescimento saudável.

Desenvolvimento Cognitivo

A criança aprende a ler e a escrever. É nesta fase onde são detectadas algumas questões como dislexia.

Conseguem resolver problemas cada vez mais complexos e questionam-se acerca das diferenças de sexo e da gravidez. É nesta etapa que ganham gosto por colecionar objetos, e que começam a apresentar um raciocínio mais coerente e lógico.

Livros e jogos de tabuleiro são uma excelente nesta fase!

Desenvolvimento Social

Com a entrada para a escola criam-se laços de amizade muito rapidamente e gostam de participar em atividades de grupo. Contudo, reagem intempestivamente em situações de desconforto, podendo mesmo recorrer à agressão para resolver um problema. Começam também aquelas desavenças “já não sou mais teu amigo” ou “mãe, a —- já não quer ser mais minha amiga”, um momento crucial para que os pais a façam perceber o lado do outro, trabalhar a empatia.

É também, importantíssimo, que os pais incentivem a conversação. Podem aproveitar as refeições, por exemplo, para debater com os filhos os comportamentos corretos ou errados.

É igualmente importante que os pais estejam atentos às comunicações realizadas pela escola. O comportamento das crianças não deve ser analisado apenas em função da forma como agem na presença dos pais, mas também na sua ausência. Visto que muitas vezes a criança altera o seu comportamento conforme a presença de outros, principalmente com os pais.

Desenvolvimento Emocional

Nesta fase as crianças tornam-se mais independentes, todavia, a autonomia pode vir acompanhada de insegurança. É frequente dramatizarem situações em que prevejam que irão ter dificuldades e vivenciarem sentimentos de culpa e vergonha. A independência torna as crianças mais resistentes a determinadas instruções dos adultos e à aceitação de críticas e castigos, pelo que, ocasionalmente, se isolam.

É crucial que os pais definam regras claras e atribuam responsabilidades, e promover brincadeiras que os levem a ganhar confiança nas suas capacidades.

Devemos estimular a criança a praticar o uso da imaginação e a conviver com outras crianças. Desta forma, contribuirá para o desenvolvimento da sua auto-estima e para um crescimento saudável.

Fonte:

(site) https://noticias.externatochampagnat.pt/wordpress/2017/10/desenvolvimento-infantil-6-9-anos/

(site) https://blogeducacaofisica.com.br/desenvolvimento-motor/

(site) https://www.maemequer.pt/desenvolvimento-infantil/desenvolvimento-fase-a-fase/desenvolvimento/parametros-de-avaliacao-aos-5-6-anos/

(site) http://www.mundodoabc.com.br/blog/143-fases-do-desenvolvimento-infantil-0-a-6-anos#05a06anos

(site) https://labedu.org.br/desenvolvimento-infantil-dos-7-aos-12-anos-tempo-de-grandes-mudancas/

(Livro) Perturbações do Neurodesenvolvimento, 2015, (editora) Lidel